terça-feira, outubro 31, 2006
As nossas cores
Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodovar
Cores de Frida Kalo
Cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muito atenção no que o meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um carro
Uma casca
Uma cápsula protectora
Ai eu quero chegar antes
Para finalizar
O estado de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Dos meninos que têm fome
Pela janela do carro
Pela janela do quarto
Pela tela
Pela janela
Quem é ela
Quem é ela
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm para quê?
As crianças correm para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Escolho meu modo
Me mostro
Eu canto:
Para quem?
Pela janela do carro
Pela janela do quarto
Pela tela
Pela janela
Quem é ela
Quem é ela
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
Eu ando pelo mundo
E meus amigos? Cadê?
Minha alegria?
Meu cansaço?
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado!
Pela janela do carro
Pela janela do quarto
Pela tela
Pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle
nãnãnã...nãrãnãnã...
Adriana Calcanhoto
("Nem sei ao certo se a letra está certa"...só sinto muito as saudades destas noites em que ficamos, com toda a serenidade e alegria do mundo, a conhecer-nos melhor. E é nestas noites que o mundo parece estar aos nossos pés e todas as cores têm o sabor da amizade mais forte e mais pura do Mundo.)
quinta-feira, outubro 26, 2006
terça-feira, outubro 24, 2006
Pessoa: do Lat. persona, s. f., ser ou criatura da espécie humana; ser moral ou jurídico; personagem; individualidade.
Pessoas lindas
Pessoas estranhas
Pessoas simpàticas
Pessoas tìmidas
Pessoas que nos dizem muito
Pessoas a quem nao somos nada
Pessoas especiais
Pessoas desafinadas
Pessoas desajeitadas
Pessoas que gritam
Pessoas que choram
Pessoas que se defendem
Pessoas inteiras
Pessoas em construcao
Pessoas crescidas
Pessoas pequeninas
Projectos de pessoas
Pessoas boas
Pessoas màs
Pessoas alegres
Pessoas sem vergonha na cara
Pessoas corajosas
Pessoas destemidas
Pessoas aventureiras
Pessoas que sabem
Pessoas que nao fazem ideia
Pessoas presentes
E pessoas que nunca estao
Pessoas fortes
Pessoas friorentas
Pessoas caladas
Pessoas altas
Pessoas baixas
Pessoas que pensam alto
Pessoas que nao chegam aos calcanhares
Pessoas futuristas
Pessoas tal qual sao
Pessoas assim.
Tudo Pessoas.
Pessoas lindas
Pessoas estranhas
Pessoas simpàticas
Pessoas tìmidas
Pessoas que nos dizem muito
Pessoas a quem nao somos nada
Pessoas especiais
Pessoas desafinadas
Pessoas desajeitadas
Pessoas que gritam
Pessoas que choram
Pessoas que se defendem
Pessoas inteiras
Pessoas em construcao
Pessoas crescidas
Pessoas pequeninas
Projectos de pessoas
Pessoas boas
Pessoas màs
Pessoas alegres
Pessoas sem vergonha na cara
Pessoas corajosas
Pessoas destemidas
Pessoas aventureiras
Pessoas que sabem
Pessoas que nao fazem ideia
Pessoas presentes
E pessoas que nunca estao
Pessoas fortes
Pessoas friorentas
Pessoas caladas
Pessoas altas
Pessoas baixas
Pessoas que pensam alto
Pessoas que nao chegam aos calcanhares
Pessoas futuristas
Pessoas tal qual sao
Pessoas assim.
Tudo Pessoas.
domingo, outubro 22, 2006
Imagens Reais
O horror, o drama, a tragédia!!!
Madrid, a movida e a aventura Erasmus...tudo junto...agora em imagens!!!
(é isso mesmo...criei o meu proprio fotolog...durante Erasmus hà mais uma oportunidade para saberem da minha vida...agora com ilustracao!!!)
www.fotolog.com/mianocas
Visitem e comentem!!!
O horror, o drama, a tragédia!!!
Madrid, a movida e a aventura Erasmus...tudo junto...agora em imagens!!!
(é isso mesmo...criei o meu proprio fotolog...durante Erasmus hà mais uma oportunidade para saberem da minha vida...agora com ilustracao!!!)
www.fotolog.com/mianocas
Visitem e comentem!!!
sexta-feira, outubro 20, 2006
Inverno
Custa-me abrir os olhos de manha...olho pela janela e vejo tudo escuro. E é impossivel perceber o que se passa na rua através da janela, impossivel saber o que vestir, se esta frio, se esta calor, se chove...
Os olhos ardem-me e depreendo que seja pela impossibilidade de adaptacao à luz...ardem-me tanto...
Hà vida nesta cidade pela quantidade infindàvel de vezes que consigo ouvir a sirene de ambulancias ou bombeiros na enorme avenida onde moro; fica mesmo junto a uma grande rotunda que faz a ligacao entre quatro caminhos...é assim que se chama: Quatro Caminhos. Alguma vez tive quatro caminhos a escolher? Normalmente, creio, sao apenas dois...nem sei se seria mais fàcil escolher entre quatro...seriam...este, aquele, o outro e o outro...nem poderia estar perante um dilema..senao um grande dilema...melhor...um quadrilema.
Pois é, para sorte ou azar calhou logo viver em Quatro Caminhos...para o melhor e para o pior...como estes textos que escrevo.
Desde que aqui estou que nao me surgem grandes temas para alem da propria da experiencia que ando a viver. Tudo o que vem a cabeca esta relacionado com ERASMUS; é inevitàvel que se fale disto e nao consigo evitar pensà-lo em palavras. O pior é que dessa pasagem para a escrita sobra muito pouco e parece-me tudo tao limitado...tao sem sumo?!!
Acordo. Destapo-me. Ponho os pés mornos no chao branco e frio. Espreito pela janela e nao vejo nada. Olho, tento ver para além do vidro e para alem dos sons que ja me invadiram os ouvidos desde o primeiro momento. E de repente é hora de despachar. Hora de correr, de apanhar o metro. De pensamentos matinais. De observacoes a olho nu de uma realidade com a qual tantas vezes jà me identifico e outras tantas me causa repulsa, desalento e tristeza. E tento perceber as palavras. E corro para apanhar o semàforo verde quando jà pisca.
Respiro este ar. Bebo palavras, atitudes, caras e expressoes quotidianas de tanta gente com que me cruzo diariamente. Volto a casa e espero ansiosamente. E sinto-me, às vezes, tao mais vazia do que gostaria...
Custa-me abrir os olhos de manha...olho pela janela e vejo tudo escuro. E é impossivel perceber o que se passa na rua através da janela, impossivel saber o que vestir, se esta frio, se esta calor, se chove...
Os olhos ardem-me e depreendo que seja pela impossibilidade de adaptacao à luz...ardem-me tanto...
Hà vida nesta cidade pela quantidade infindàvel de vezes que consigo ouvir a sirene de ambulancias ou bombeiros na enorme avenida onde moro; fica mesmo junto a uma grande rotunda que faz a ligacao entre quatro caminhos...é assim que se chama: Quatro Caminhos. Alguma vez tive quatro caminhos a escolher? Normalmente, creio, sao apenas dois...nem sei se seria mais fàcil escolher entre quatro...seriam...este, aquele, o outro e o outro...nem poderia estar perante um dilema..senao um grande dilema...melhor...um quadrilema.
Pois é, para sorte ou azar calhou logo viver em Quatro Caminhos...para o melhor e para o pior...como estes textos que escrevo.
Desde que aqui estou que nao me surgem grandes temas para alem da propria da experiencia que ando a viver. Tudo o que vem a cabeca esta relacionado com ERASMUS; é inevitàvel que se fale disto e nao consigo evitar pensà-lo em palavras. O pior é que dessa pasagem para a escrita sobra muito pouco e parece-me tudo tao limitado...tao sem sumo?!!
Acordo. Destapo-me. Ponho os pés mornos no chao branco e frio. Espreito pela janela e nao vejo nada. Olho, tento ver para além do vidro e para alem dos sons que ja me invadiram os ouvidos desde o primeiro momento. E de repente é hora de despachar. Hora de correr, de apanhar o metro. De pensamentos matinais. De observacoes a olho nu de uma realidade com a qual tantas vezes jà me identifico e outras tantas me causa repulsa, desalento e tristeza. E tento perceber as palavras. E corro para apanhar o semàforo verde quando jà pisca.
Respiro este ar. Bebo palavras, atitudes, caras e expressoes quotidianas de tanta gente com que me cruzo diariamente. Volto a casa e espero ansiosamente. E sinto-me, às vezes, tao mais vazia do que gostaria...
terça-feira, outubro 03, 2006
Já te tinha visto antes sem dar por ti.
Tinha-te imaginado sem te conhecer.
Sonhei contigo. Noites e noites. E noites.
E sorri tantas vezes a lembrar-me das tuas graças.
E no mais íntimo do meu ser, sinto-te dentro das entranhas da minha alma. Em cada bocadinho do que sou eu.
E é sempre tudo tao especial. Tao quente. Tao solarengo. Tao mágico. Tao nosso, nao é?
E depois colaste-te. Colei-te. Deixei-te ficar. Quis sempre que ficasses.
Gosto. Gosto muito. Adoro. Adoro mesmo. Gosto de adorar gostar de ti.
Tinha-te imaginado sem te conhecer.
Sonhei contigo. Noites e noites. E noites.
E sorri tantas vezes a lembrar-me das tuas graças.
E no mais íntimo do meu ser, sinto-te dentro das entranhas da minha alma. Em cada bocadinho do que sou eu.
E é sempre tudo tao especial. Tao quente. Tao solarengo. Tao mágico. Tao nosso, nao é?
E depois colaste-te. Colei-te. Deixei-te ficar. Quis sempre que ficasses.
Gosto. Gosto muito. Adoro. Adoro mesmo. Gosto de adorar gostar de ti.
AQUI
Aqui nunca fica de noite.
Aqui o metro é caótico, o ar pesado, todos se atropelam e falam ao mesmo tempo. E sempre alto.
Aqui faz muito calor...e dizem...também muito frio.
Aqui as pessoas sao diferentes umas das outras. Há pessoas de muitas nacionalidades que falam muitas línguas e riem e choram e gritam de maneiras distintas.
Aqui quase todas as "chicas" têm piercings na boca.
Aqui todas se pintam, de noite e de dia.
Aqui todos os dias, ao fim da tarde, as ruas enchem.
Aqui há barulho na rua e feiras ao Domingo e velhinhos à conversa sentados nos bancos das praças e tapas caras e miúdos a correr pelos jardins quando o calor de Verao amaina.
Aqui o movimento é intenso.
Aqui os cheiros misturam-se, ouvem-se gargalhadas e vêem-se sorrisos e amigos aos abraços e namorados de maos dadas,
Beijos apaixonados e sorrisos cúplices.
Aqui os prédios sao altos e escuros e nao se percebe., da janela, o tempo que está.
Aqui as praças sao amplas e o sol ilumina as caras e os corpos.
Aqui tudo é novo.
Aqui por isso, tudo é estranho.
Apesar de já ter cheirado, sentido, ouvido, visto e imaginado.
Aqui. Isto aqui.
Aqui.
Aqui nunca fica de noite.
Aqui o metro é caótico, o ar pesado, todos se atropelam e falam ao mesmo tempo. E sempre alto.
Aqui faz muito calor...e dizem...também muito frio.
Aqui as pessoas sao diferentes umas das outras. Há pessoas de muitas nacionalidades que falam muitas línguas e riem e choram e gritam de maneiras distintas.
Aqui quase todas as "chicas" têm piercings na boca.
Aqui todas se pintam, de noite e de dia.
Aqui todos os dias, ao fim da tarde, as ruas enchem.
Aqui há barulho na rua e feiras ao Domingo e velhinhos à conversa sentados nos bancos das praças e tapas caras e miúdos a correr pelos jardins quando o calor de Verao amaina.
Aqui o movimento é intenso.
Aqui os cheiros misturam-se, ouvem-se gargalhadas e vêem-se sorrisos e amigos aos abraços e namorados de maos dadas,
Beijos apaixonados e sorrisos cúplices.
Aqui os prédios sao altos e escuros e nao se percebe., da janela, o tempo que está.
Aqui as praças sao amplas e o sol ilumina as caras e os corpos.
Aqui tudo é novo.
Aqui por isso, tudo é estranho.
Apesar de já ter cheirado, sentido, ouvido, visto e imaginado.
Aqui. Isto aqui.
Aqui.
segunda-feira, outubro 02, 2006
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