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quinta-feira, setembro 27, 2007

PASSO(-ME)


UFA!!!!!EHHHHHHH!!!!VIVA!!!!Consegui mais duas semanas...

sexta-feira, setembro 21, 2007

quinta-feira, setembro 20, 2007

A Filipe da Mata p´ro lado direito...

Tem mais luz...cheira melhor... e tem sabor a nostalgia (quem diria que ia sentir a falta da fcsh...)

quarta-feira, setembro 19, 2007

Tenho agora...

outRo Amor Diferente, outra paIO

terça-feira, setembro 04, 2007


Hace un año conoci Madrid...

Y ahora te echo muchisimo de menos...voy a visitarte pronto! Y...ya!

segunda-feira, setembro 03, 2007




Impossível enterrar na areia




Lembro-me do Verão sempre da mesma maneira.
Faziam-se concursos para ver quem era o primeiro a avistar o farol a partir do início da ponte.
Os trinta e um dias de Agosto viviam-se demorada e serenamente. As manhãs eram passadas com os pais, os manos e os tios na praia. Sandes de ovos mexidos e salsichas trazidas pela avó Petit mais ou menos à hora de almoço. Ameixas rainha-cláudia ainda a pingar de terem sido lavadas há pouco tempo. Uvas, maçãs às vezes. Sei lá! Deitavam-se as duas sereias por cima da areia quente. Implicavam uma com a outra, as irmãs queridas!
Ainda não se falava de raios UV nem de queimaduras solares, nem de cremes ecrã total. O avô aparecia entretanto, caminhava pela praia, molhava os pés. Mãos atrás das costas, unidas, e voltava para casa. A avó adormecia os manos pequenos entre os braços à beira-mar a cantar O meu menino é d´oiro, é d´oiro o meu menino, Hei-de levá-lo aos anjos, p´ra que ele seja pequenino! A meio da tarde voltávamos para casa.
Tomávamos banho em bacias de água que a mamã aquecia no fogão. A casa de banho era fora de casa, numa espécie de "avançado". Vestiamo-nos e íamos com a mamã e a titi fazer fugir as gaivotas que se passeavam ao pôr-do-sol na praia.
O mês passava-se sem grandes sobressaltos.
Depois apareceram os primeiros grupos de amigos e as primeiras "horas marcadas" para estar em casa. Os passeios de bicicleta na água que se acumulava quando a ria enchia e ultrapassava os limites. Cada ano, a conquista de mais uma hora por noite. Vieram os primos, mais e mais. Os passeios de bote à ilha. Piqueniques. Passaram anos. Grupos de amigos maiores. Amigos que foram para a faculdade. Dispersão geral.
Os avós desapareceram.
Fica um vazio enorme. A casa é cheia mas falta muitas vezes a presença de quem a enchia também. Com calma, com serenidade, sem gritos. Os dias de Verão têm sempre um quê de especial. As memórias ficam para sempre. São como o nevoeiro da Costa Nova que - como a avó dizia - "Vai abrir, de certeza!". Sim, é verdade, às vezes o dia abre mesmo.
Fica um sol quentinho que aquece a cara e o coração.
Caminho ao fim-de-semana, por agora, este ano. O pôr-do-sol acompanha os passos pelo passadiço novo, que a avó já não conheceu. Em prol das caminhadas veraneantes, a praia tem essa novidade.
É nesses passeios que mais vezes se recordam os avós, com o vento a bater na cara e o sol a pôr-se ao longe, no horizonte. Cenário ideal que ajuda a tê-los mais perto. Ao avô, que caminhava à beira-mar, de mãos cruzadas atrás das costas. E à avó, que relembro com as ondas misturadas com a areia a baterem-lhe nos tornozelos, enquanto embalava os manos à beira-mar, embrulhados nas toalhas de praia, a cantar baixinho. Parece que a oiço a sussurrar a música de embalar, quando escuto o mar que embala o pôr-do-sol.

Ó papão mau, vai embora
De cima desse telhado
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado

Um passeio à beira-mar que dava vontade de ficar até anoitecer. Um dia destes fico.
Para o ano, porque não?