Digo-te olá. Todos os olás são para nós reparadores. Pergunto-te porquê. Dizes-me porquê. Não gosto da resposta. Insisto. Sinto o coração a querer sair-me do peito. Quero abraçar-te. Reservo-me. Escondo-me. Insisto. Porquê. Voltas a repetir, reforças. Olho fixamente o infinito. Insisto porque assim te sinto real. E perto. Perco-me em pensamentos. Partilho. Quero ver-te. Apetece-me ver-te. Ir à tua rua. Esperar à tua porta. Tocar na tua campaínha. Perguntar-te outra vez. Procuro-te. Parece que tudo gira à volta da resposta desejada, do sinal sonhado, da interpretação intersubjectiva directamente proporcional. Insisto.
quarta-feira, julho 30, 2008
domingo, julho 27, 2008
Nos fios do novelo
Como num combate de boxe, há vezes em que sinto a vida esbofetear-me. Os planos...faço-os com frequência. Quantos mais faço, mais se desfazem. Há um rolo de lã que desenrola e no qual tenho de pegar com regularidade. É ver desenrolar, e enrolar de novo, à espera que os fios não se tenham separado, ou pior, partido. As mãos têm de ser rápidas, astutas, sempre incansáveis. Porque os fios são frágeis. Uma vez, com um cesto de novelos na mão, ofereceram-se para o tapar. Se o tapassse, os fios, e os novelos, continuariam lá, quase imóveis. Poderiam rodar sobre si próprios, rolar no espaço que existia entre uns e outros. Mas o espaço de movimentos seria restrito. Quis que o cesto continuasse aberto, para deixar entrar o ar e a luz. Mas nos cestos abertos também entra a névoa. Também entra o vento. E a chuva.
Por isso, os novelos, às vezes aconchegados, chegam num instante a ficar encharcados. Há tempestades inesperadas que nem deixam tempo para colocar um oleado por cima deles, que os proteja do pior. Ficam molhados, ensopados, e sem reacção. Pesados da tormenta, têm mais dificuldade em deslocar-se dentro do cesto. Quanto às saídas para fora dele, nessas alturas, enfim...é preciso guardá-las para mais tarde. O novelo fica pesado. É preciso fazer dar-lhe o sol primeiro, para que todas as gotas de água sequem.
Oooo no
Here comes that sun again
That means another day without you my friend
And it hurts me to look into the mirror at myself
And it hurts even more to have to be with somebody else
And it's so hard to do
And so easy to say
But sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away
So many people to love in my life
Why do i worry about one
But you put the happy in my ness
You put the good times into my fun
And it's so hard to do
And so easy to say
Sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away
And head for the door
We've tried the goodbyes
So many days
We walk in the same direction
So that we could never stray
They say if you love somebody
Then you have got to set them free
But i would rather be locked to you than live in this pain and misery
They say that time, will make all this go away
But it's time that has taken my tomorrows and turned them into yesterday
And once again that rising sun is a droppin' on down
And once again you my friend are no where to be found
And its so hard to do, and so easy to say
But sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away
Turn and head for the door....
Walk away
Here comes that sun again
That means another day without you my friend
And it hurts me to look into the mirror at myself
And it hurts even more to have to be with somebody else
And it's so hard to do
And so easy to say
But sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away
So many people to love in my life
Why do i worry about one
But you put the happy in my ness
You put the good times into my fun
And it's so hard to do
And so easy to say
Sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away
And head for the door
We've tried the goodbyes
So many days
We walk in the same direction
So that we could never stray
They say if you love somebody
Then you have got to set them free
But i would rather be locked to you than live in this pain and misery
They say that time, will make all this go away
But it's time that has taken my tomorrows and turned them into yesterday
And once again that rising sun is a droppin' on down
And once again you my friend are no where to be found
And its so hard to do, and so easy to say
But sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away
Turn and head for the door....
Walk away
Ben Harper
quarta-feira, julho 23, 2008
the race is long, and in the end, it’s only with yourself
Por caminhos sinuosos, escarpas. Por pedras, buracos, poças de água. Por subidas íngremes, tempestades, sol abrasador. Por estradas estragadas, onde a terra batida e o cimento se misturam. Caminha, ela, sedenta de sonhos e de ansiedade. Medo, não tem. Que seria, se tivesse receio do destino que sonha alcançar quando cruzar a meta. Alimenta-se da lua, respira as brisas. Segredos, tem muitos. Ou quem sabe, apenas um. Corre depressa, às vezes, como medo que o chão desapareça. Quando a jornada é longa e as asas já doem de tanto bater, o voo segue lento e rotineiro. A velocidade, afinal, não pode ser sempre a mesma. Perder-se-iam recuos importantes, meditações que só baixando a rotação do 'conta-quilómetros' são possíveis de fazer. Ficariam pelo caminho considerações e, até os pensamentos, às vezes, com o calor do entusiasmo, desapareceriam.
Pensa, às vezes, que com as temperaturas extremas, o mapa pode perder-se. Desaparecer. Sente receio de que, de tantos caminhos percorridos, a estrada lhe pareça demasiado confusa e sinuosa para manter o essencial. Questiona-se nos 'tempos mortos' sobre o que será de si sem isto ou sem aquilo, como será a sensação de 'não-estar', de 'não-fazer', de 'não-ser'. Pergunta-se se, um dia, terá tempo e disponibilidade para descansar. Porque enquanto houver sonho por realizar, enquanto a estrada continuar infinita e não houver sinais de que vá acabar, deseja que o dia ganhe mais 24 horas para poder fazer tudo aquilo a que se propõe, sem correrias de última hora e podendo ouvir os segredinhos soprados pela brisa que, às vezes, o bulício da cidade teima em tornar imperceptíveis.
Pensa, às vezes, que com as temperaturas extremas, o mapa pode perder-se. Desaparecer. Sente receio de que, de tantos caminhos percorridos, a estrada lhe pareça demasiado confusa e sinuosa para manter o essencial. Questiona-se nos 'tempos mortos' sobre o que será de si sem isto ou sem aquilo, como será a sensação de 'não-estar', de 'não-fazer', de 'não-ser'. Pergunta-se se, um dia, terá tempo e disponibilidade para descansar. Porque enquanto houver sonho por realizar, enquanto a estrada continuar infinita e não houver sinais de que vá acabar, deseja que o dia ganhe mais 24 horas para poder fazer tudo aquilo a que se propõe, sem correrias de última hora e podendo ouvir os segredinhos soprados pela brisa que, às vezes, o bulício da cidade teima em tornar imperceptíveis.
sábado, julho 19, 2008
terça-feira, julho 08, 2008
Fecha os olhos.
Já sabes que os cegos são os que melhor sentem as coisas. Quero que para mim sejas cega. Quero que me sintas quando me aproximo e quando me afasto. Que sigas o meu cheiro apenas pela simples sensação de que estou lá. Que peças para me aproximar quando sentes a minha falta e que não tenhas medo de pedir que me afaste quando precisas de espaço.
Fecha os olhos e sente.
Quero que me digas o que queres. O que precisas. Aquilo que sou para ti. Quero que me faças sentir parte daquilo que és. Que todas as palavras que saiam da tua boca levem um bocadinho daquilo que sou para ti.
Fecha os olhos e sente-te.
Porque é essencial que te sintas para que me possas sentir. Deixa-me sussurrar-te ao ouvido coisas bonitas. E deixa-me que te sinta arrepiar. A pele de galinha a percorrer-te o corpo como da primeira vez que me aproximei. Deixa-me sentir as borboletas no teu estômago. Deixa que me aproxime e sinta o teu coração palpitar por mim. Porque só assim vais perceber que afinal não sou eu nem és tu. Somos uma mistura híbrida à qual, às vezes, quando os estômagos se juntam, damos o nome de nós.
Fecha os olhos e sente-te. E a mim.
segunda-feira, julho 07, 2008
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