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segunda-feira, abril 27, 2009

Sobre o 'jornalismo caviar'

Reunião acaba amanhã em Viena de Áustria
European Newspaper Congress: Jornalismo caviar precisa-se

“Precisamos é de jornalismo caviar, não de sopa”. Esta é uma das primeiras conclusões a que chegaram os cerca de 500 responsáveis de títulos impressos de toda a Europa e especialistas em media que estão desde ontem reunidos em Viena, Áustria, para discutir o futuro da imprensa e as novas tendências no décima edição do European Newspaper Congress que termina amanhã.No segundo dia de congresso os editores presentes na reunião de Viena chegaram à conclusão que, face aos desafios colocados pela Internet e pelos jornais gratuitos, que levaram a um decréscimo acentuado da circulação, as revistas e jornais têm de apostar na qualidade, pode ler-se num dos balanços da reunião, na página do congresso, em http://enc.newsroom.de/ .Palavras como seriedade e elegância, traduzida no design, são alguns dos conceitos em que os responsáveis de publicações de toda a Europa decidiram apostar para ultrapassar a crise.Para Juan Antonio Giner, fundador da Innovation, grupo de aconselhamento de empresas de media, que participou em alguns dos passos do projecto do novo diário “i” em Portugal, “os editores têm de editar e uma selecção de temas inteligente é um aspecto crucial para a sobrevivência”.“O que precisamos é de jornais necessários. O que precisamos é de jornalismo caviar, não de sopa”, disse o especialista.
in Público

sábado, abril 25, 2009

25/04 sempre

Liberdade

quinta-feira, abril 23, 2009

dia 7 tudo muda. (i) mude connosco

Há coisas que nos dão trabalho, nos mudam. Mudam connosco.
Há coisas sempre a mudar. Há que acompanhar o mundo.
Façam parte da mudança. Mudem connosco.

segunda-feira, abril 20, 2009

F5

Sabe bem sentir o prometido, concretizado. Sabe bem saber o combinado, real.
Sabe bem ouvir dizer bom dia todos os dias, como se fosse a primeira vez.

Quase

i num instante tudo vai mudar

quarta-feira, abril 15, 2009

Persistência

Se no domingo de ramos de há vinte cinco anos, a igreja de Arcos, em Anadia, não estivesse cheia para receber uma noiva vestida de branco, o dia de hoje não seria certamente o mesmo. Há vinte cinco anos, havia uma igreja, com seis degraus gastos à entrada, com bancos repletos de amigos. Há um quarto de século, um coro cantava nós as crianças, queremos brincar, com dedicação, e emoção, e carinho. Há vinte cinco anos, houve votos de um amor eterno, de um respeito mútuo. Houve leitura emocionada dos eleitos para ler no púlpito. Houve sessão fotográfica, e abraços sentidos e expectantes de que a felicidade daquele dia durasse para sempre. E uma promessa que juntou duas vidas numa só.
Houve uma festa grande, com taças de espumante da bairrada, e leitão, e um bolo branco e doce com várias camadas, para chegar para todos. Houve - imagino - música, e dança, e pulos. Houve um amor de verão que prometeu ser amor de uma vida, e eternizou-se ali. Entretanto, houve muitos dias felizes. E dias tristes. Uma mão cheia de rebentos.
Hoje recordam-se os momentos. Escreve-se uma música com letra adaptada, que lembra as viagens Alemanha-Portugal numa mota sem correntes nas rodas que tanto acelerou na neve. Recordam-se viagens, festas de anos, natais e outras comemorações. Lembram-se nascimentos, e uma panóplia de histórias, que começaram um dia na praia do Bom Sucesso sob - imagino - um sol quente de Verão. Decerto há mais de 25 anos houve um primeiro olhar que não recordo por não ter sido meu. Sinto-me só testemunha desta partilha de vida. Com buracos na estrada (mas quem não os tem?). Sinto-me prova viva de um amor de há mais de vinte cinco anos. Mas estas coisas das datas - dos dias assim contados - faz-me pensar no tempo como a única testemunha eterna viva. Colhe o dia porque és ele, dizia Ricardo Reis. 25 é persistência. Parabéns!

domingo, abril 12, 2009

Das saudades, do jardim e da memória

Cai-te uma e outra lágrima - atrevidas - pela bochecha abaixo. Sem piedade, choras um bocadinho, que já se sabe que as saudades nestes dias aumentam. E é difícil não pensar neles, que já não estão e fazem tanta falta. Olhas com enlevo para as mais novas, elas que cantam baixinho enquanto a cruz circula na sala da casa quase desabitada e, beija-se o senhor - com muitos beijos - entre amigos e familiares. E está cheia de amigos, é certo. Os sofás já gastos, não destes dias, mas de outros. Já idos. Dias que não se esquecem. E o jardim cheio de pétalas da cerejeira, carregadinha de flores - cor de rosa - que cheiram tão bem. E a mangueira sempre ali caída no jardim. E lírios lilás clarinho, de uma cor que já não existe. E a alcatifa escura, e a vontade de pintar o tecto de branco - que a casa tem um cheiro pesado a fresco. E a fotografia dele, e dela - deles - ali à porta. Com a jarra de flores frescas, que lembra a presença eterna. E a eterna falta. A ausência sabe tão mal. Não aquece, nem acalma. Só dá tristeza, de não estarem já, aqui.