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sexta-feira, julho 20, 2007





Vislumbrá-lo ao longe


Os olhos podem não pousar uns nos outros. Pode não haver contacto de mãos a não ser durante a hora de ponta do metro quando todos são obrigados a tocar-se, por um lugar melhor no comboio subterrâneo de regresso a casa.
Custa ouvir o despertador mal o dia nasce (como parece), acordar cedo, tomar banho quando os olhos ainda ardem e comer apressada. Custa sair de casa com a brisa fria de um Verão que teima em não aparecer completamente. Porque dele se vislumbra apenas um ventinho fresco, numa esplanada qualquer, num fim de tarde diferente, em boa companhia.
Tal como o Verão que não aparece...as férias deste ano foram substituídas por...trabalho! Custa pensar que o Verão passado tenha podido significar o fim das "férias académicas" de Verão. Nesta altura resta esperar por uma aberta no horário. O tempo teima em passar depressa, como as semanas de não-férias que se vão acumulando umas a seguir às outras.
Vale o regresso de uns, muito esperados; a permanência de outros, em semelhante situação, como companhia deste Verão trabalhoso e sacrificado, mas tão desejado e tantas vezes sonhado em conversas de esplanada amarela e de outras cores também.
E vale, quase mais que tudo, o rio Tejo ali à minha frente todas as manhãs que me estende a mão no caminho para o sonho que ainda permanece de me tornar aquilo que almejo e que já sinto ser no mais íntimo do meu ser.


Porque quando vejo a luz de Lisboa no Terreiro do Paço logo pela manhã...dá vontade de nunca parar de conhecer esta cidade, cuja luz tantas vezes desejei, lá longe. Esta luz que além de iluminar o dia, prende e impede o esquecimento.

3 comentários:

Deb disse...

Q bonito miuda...soube tao bem sentir lisboa de longe pelas tuas palavras! ainda bem q continuas a conseguir ver o lado luminoso das coisas... o q eh compreensivel a partir de tao luminosa cidade, esta nossa ;)
ATE JA... e boa sorte...
2 ou 3 dias...

ARN disse...

Mesmo em momentos em que precisamos de ir para qualquer lado, longe daqui, há sempre algo de maravilhoso que Lisboa tem para nos mostrar e prender. Cidade malandra.

Anónimo disse...

Sinto falta dessa luz.. Vou procurando um pouco dela cá em cima, mas é tão diferente...
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