Não sei como foi tão rápido e veloz, mas passou-se. Passaram-se os fins de tarde compridos, com a brisa fresca do mar a contrastar com o calor das bochechas. Passou-se a sensação de bezuntar o corpo com creme hidratante para a pele não estalar. Passaram-se os petiscos da costa algarvia, alentejana e do centro. Passaram-se os fins-de-semana a correr de carro em carro, de transporte em transporte, de estrada em carris. Passaram-se os aniversários. Tão rapidamente se passaram os dias. Os meses correram velozes, como corre, de resto, todo o tempo agora. Sem pestanejar - ou sem nos apercebermos que pestanejamos, passou o Verão. E já estamos no Outono. Não tarda, o jardim vai encher-se de folhas caducas, alaranjadas e estaladiças. Os dias não tardarão a anoitecer ainda a tarde vai a meio. E as noites vão ser mais frias e escuras. Gosto da sucessão crescente dos dias. Daqueles que vão ficando cada vez mais compridos. Sempre, sempre, mais compridos. E agora - bolas, que rápido que foi - já estou em contagem decrescente. E gosto, tão mais, dos dias crescentes.
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