Inspira(-me)
Aqui, neste frio de fim de tarde/princípio de noite, falta-me a inspiração. Falta-me a memória daquelas coisas que me lembro enquanto ando na rua, do que penso quando me cruzo com quem quer que seja, ou daquilo que gostaria de escrever se tivesse papel quando vejo aquelas coisas que me comovem ou que me chocam ou que pedem de mim uma intervenção (aquela que penso feita à minha maneira).
E vivo assim nesta incostância minada, umas vezes pela vontade de escrever e outras pela frustração de não me lembrar o quê.
A substância é muitas vezes aquilo que me falta nestes dias que me perseguem como se o amanhã nunca mais chegasse. E por mais que me deite e teime em deixar a portada entreaberta para acordar sem despertador, parece que o novo dia que chega é sempre igual. As pessoas as mesmas, as acções automatizadas e as obrigações mais do que instituídas.
E penso que já não me lembro bem daquilo que pensei ontem precisar de escrever. Parece um paradoxo. Não sei precisar aquilo que preciso de escrever.
E o passar dos dias só é uma confirmação disto que sinto.
4 comentários:
E a quem, de quem precisa escrever sem saber precisar o quê, não acontece tal coisa??
Vamos na rua sem tempo e sentimos necessidade de escrever... Mas na altura não há tempo, nem espaço para tal... Formamos o texto na nossa cabeça e quando chega a altura... Nada.
Ou então, estamos quase a dormir, já nem sabemos onde estamos, quem somos e subitamente temos uma "inspiração sonhante"...
Acontece a todos...
Se precisas escrever, mas não sabes precisar sobre o quê, escreve mesmo sem sentido, sem nexo... A necessidade está satisfeita e não precisas sobre o que escrevias...
Quantas vezes não somos nós consumidas por aquilo que queriamos dizer? Parece que o que quer que fossemos escrever deixa de fazer sentido no momento da escrita.
E quando me lembro de ti tenho saudades, de vivermos juntas, das nossas intimidades que só nós conhecemos...de um pouco de tudo em ti (até das manhãs em que acordavas mal humorada e com as quais eu aprendi a lidar porque a amizade é mesmo assim), um pouco de tudo o que aprendi contigo e espero continuar a aprender.
Como diz o livro, "fazes-me falta" e ponto final.
Adoro-te...muito!!!
Quero-te ver a sorrir para mim!Porque és ainda mais linda quando sorris!
Caramba, como eu te compreendo. As horas de sono que eu já perdi porque tinha de acender a luz e agarrar num caderno, ou no papel que estivesse mais à mão... E arrependo-me de todas as vezes em que deixei o sono e a preguiça levarem a melhor! Mas às vezes são mesmo mais fortes que a veia. O pânico de que as palavras fujam; as malvadas correm como a água e deixam-se levar pelo vento.
Gosto de ti e das tuas palavras também, mesmo quando te parece que não eram bem aquelas! ;)
Eu também gosto muito das tuas palavras. Mesmo quando nao comento, leio sempre (e sei q nao gosto quando me dizem isto do meu blog,mas...). E nao comento porque muitas vezes me sinto impotente!...
Quando sentires esse vazio, entrega-te às palavras, porque sabes expô-las tão bem q talvez assim vejamos 1 luz mais nitida para te ajudar...
Gosto mt de ti, estejas em q país estiveres!;)
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