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sexta-feira, janeiro 18, 2008

A Conta gotas
Abriu a persiana para ver como estava o dia. Lá fora, as gotas de orvalho pingavam nas folhas do alecrim e um cheiro a terra aquecia o ambiente. Aconchegou o casaco naquela manhã fria. Olhou para a lareira, onde a cinza dormia, depois das brasas da noite anterior. Ainda conseguia sentir o cheiro do fumo da fogueira. Lá fora, ainda tudo dormia. Tudo menos o sol que se ia levantando devagar, por detrás da encosta. Aquela casa, mesmo no cimo do monte, era mais do que um lar. Era um sonho tornado realidade.
Lembrava-se de quando a casa ainda era uma miragem. Dos primeiros tempos de trabalho árduo na cidade, onde não se sentia integrada. Naquela altura, os dias passavam depressa, mas pelo acumular de trabalho que ia adormecendo a secretária e a vida. Agora, sozinha naquele fim de mundo, naquele cume da montanha, lembrava todas as fases da escalada. Desde o momento em que começou a sonhar, que a vida tinha corrido melhor. Era por sonhar que vivia. E agora, no topo do monte e no cume da vida pensou que só queria ver tudo a conta gotas. Como se o tempo deixasse de existir e restasse apenas a eternidade.

3 comentários:

Bruno disse...

Gota a gota...

“Gota a gota cai
A chuva no mar
Passo a passo sei
Onde quero estar”

Primeiro passo: Nunca desistir dos sonhos!
Segundo: Pedir
... acreditar
....receber

....e ser feliz!

:)

Un beso fuerte,
Bruno

Sarita disse...

Acredita no Segredo, miúda! =)

HL disse...

ali em cima da montanha faz-me lembrar o Zaratrusta... E cá para mim cheiras a lareira.
Tenhamos todos o objectivo de alcançar os cumes (há cumes para todos?, uns mais altos que outros) que muitas das vezes nem sequer sabemos que existem...
É no sonho que tudo se concretiza...