domingo, março 29, 2009
Hora de verão
Noites quentes, brisa fresca. Saudades dos dias compridos, de chinelos no pé. Da toalha molhada no corpo que não se cansa de mergulhar no mar. Saudades do sol que parece não acabar. Da permanência fiel na praia quase vazia. Da companhia das gaivotas que pisam a areia já lisinha - trabalho de máquinas - enquanto o sol se põe no horizonte. Hora solarenga, cheia de tempos para viver devagar, sem pressas. Viver a sério. Tempo para apreciar o fim de tarde na calma de uma esplanada com o Tejo como testemunha. Tempo de abrir o vidro do carro e pôr o braço de fora, mais perto do ar que circula. Hora de ouvir música mais alto, de pôr óculos mais escuros, e de vestir o corpo com cores mais claras. Altura de preparar o que aí vem. Gosto de dias mais compridos. Que a luz se alargue para lá das horas. Hoje o dia permanece.
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