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domingo, junho 13, 2010

Ora, est'agora.

Já percebi que estiveste a reler as mensagens que trocámos. Imagino-te, sentada aí num canto, computador nos joelhos, a tentar metodicamente ordenar por datas o que aconteceu. Depois abres outra janela, irritas-te com a lentidão do computador (que a propósito devias mandar formatar porque não sabes como isso se faz) e praguejas sem dizer uma palavra enquanto escolhes uma música qualquer suficientemente deprimente. Rodas e deitas-te na cama que ainda está por fazer e, de barriga para baixo, assentas os cotovelos no colchão. Parece que te estou a ver...
Relês à procura de um indício, de um qualquer pormenor que te faça perceber o que foi, por que foi que naquele dia eu decidi acabar uma coisa que, dizes, nem sequer tinha começado. Sorris com a conversa trocada em meia dúzia de linhas e voltas a reler. essas coisas não se agradecem. repetem-se. Franzes a testa. Há qualquer coisa que te escapa e detestas isso. Porque metodicamente, pelas tuas contas, tudo resultaria depois de um quando quiseres. Mas não és só tu a caixa de surpresas. Ironia do destino, comigo quase nada é o que parece.

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