Adormecida visão daquilo que as coisas são realmente, todos os dias arrasta os pés para o objectivo que pensa ser o seu. Sempre fiel às convicções, sempre defensor de direitos e cumpridor de deveres. Questiona-se acerca da legitimidade das decisões, numa escala em que a assertividade é contrária à negação. E acena com a cabeça de um lado para o outro enquanto faz coisas que não quer, impregnado pela vida cheia de coisas, que o leva todos os dias estoirado para a cama. Chama-lhe quotidiano, quando não lhe chama vida, e isso, só por si, leva-o a reflectir. De noite, arrasta os pés rumo ao lar, refúgio de horas vagas, sem 'coisas que tratar'. Vida cheia, coração demasiado ocupado, percurso sem sentido.
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1 comentário:
A sobrevivência devia ser uma irrealidade...
"Só trabalho" é uma dessas formas..
Quem precisa deste forma de vida, que encontre dias melhores no futuro.
Bjs (gostei bastante)
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