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domingo, maio 30, 2010

Muito provavelmente serão felizes para sempre

Sui generis. Foi isso que foi. Não houve convites, nem vestido de princesa branco imaculado, nem uma plateia de convidados a encherem uma igreja da Baixa. Não houve copo de água, nem banda a tocar na festa, nem sequer houve acólitos a ajudar o padre a segurar a Bíblia, na hora de ler o Evangelho aos noivos. Os convidados contavam-se pelos dedos de duas mãos, o coro pelos de uma e os padrinhos foram a família. As palavras foram sentidas, houve enganos e sorrisos, e houve também tempo para corrigir o que estava mal, tempo para fazer as coisas com calma, de tão descontraído o acontecimento. Sui generis, dizia ela. E foi. Cantou-se com alma, abraçou-se com carinho, beijou-se com gratidão. Pediram-se pétalas e arroz no café da esquina, bebeu-se água de garrafas alheias, e houve desconhecidos a testemunhar o momento, que entravam na igreja ao mesmo tempo que decorria a cerimónia. Quebraram-se as tradições: o véu desapareceu, a liga não existiu. Mas houve um sol quentinho a receber os noivos debaixo da chuva de pétalas amarelas e vermelhas. E houve um carro barulhento com música. E houve turistas nas ruas do Chiado a tirar fotografias. E houve amigos que "eram capazes de aparecer" e que "apareceram" mesmo, entre a areia da praia e a calçada portuguesa. E houve também um brinde aos noivos, e promessas de amor eterno - que há tradições que nunca podem ser quebradas. Foi especial por ser assim. Simples. E porque o nervosismo estava lá, como em todo o lado onde se fazem promessas que se querem ver cumpridas. Sui generis.

4 comentários:

debora disse...

os casamentos querem-se originais para diminuir a probabilidade do divorcio! queria ter ido contigo. um dia casamos nós.

Meg disse...

:)

Subscrevo tudo e não acrescento o que quer que seja. Foi isso. Sui generis. Com direito a tudo aquilo que realmente importa e com a certeza da felicidade. Sim, "muito provavelmente serão felizes para sempre".

*muah*

Adriana Silva disse...

Obrigada por estares presente num dia tão importante! :)))

Anónimo disse...

O talento da Lady in Red para o canto é quase tão sublime quanto o talento que tem para a escrita! Muito provavelmente esta Lady é uma amiga nossa para sempre...