sexta-feira, dezembro 17, 2010
domingo, novembro 28, 2010
D'ele
sexta-feira, novembro 26, 2010
quinta-feira, novembro 25, 2010
oito e oito
quinta-feira, novembro 18, 2010
1/52
Eu gosto muito de ler, e quando vivia na Alameda ia de autocarro para Campo de Ourique para lá, normalmente entretido a ouvir um livro. Quando dava por mim, tinha passado a paragem e já estava em Chelas. Perdi-me vezes sem conta no percurso casa-trabalho, apesar de saber de cor o caminho para o número 95 da rua Francisco Metrass, no bairro de Campo de Ourique em Lisboa. Entre 30 a 40 mil pessoas com deficiência visual procuram, por ano, a nossa ajuda. Reparamos as bengalas de cegos e amblíopes. E temos a maior biblioteca de braille do país. Temos livros portugueses e estrangeiros, e qualquer pessoa, mesmo que não seja associada, pode visitar-nos. São mais de 40 mil, entre obras em papel e em formato digital. Os livros ajudam a passar o tempo. O que é que as pessoas cegas fazem enquanto estão em casa? Ora, esperam muitas vezes o dia inteiro pela família. E tanta coisa podiam fazer. Sentir-se-iam úteis e seriam o orgulho da família. Porque eu sinto o orgulho dos meus filhos quando lêem as conquistas da associação, as minhas conquistas no jornal. Quando os meus filhos metem a chave à porta eu sei exactamente como eles vêm, como eles estão. Vejo pelo modo como eles põem a chave na porta. Vejo pelo tom de voz. Vejo pela maneira de andar, pelos passos. Eu não preciso que eles falem.
Este texto faz parte de 52 histórias do livro/agenda perpétua da ACEP e foi escrito a partir de uma conversa com Vítor Graça, da Associação Promotora do Ensino para Cegos (APEC). As histórias, contadas - e bem contadas - por mais 51 jornalistas e outros tantos fotógrafos, estão à venda online. Para serem partilhadas, como todas as boas histórias merecem.
terça-feira, novembro 16, 2010
¡Hola!
quarta-feira, outubro 13, 2010
Chi-chi-chi. Le-le-le. Chile!
(mas que privilégio, às vezes, ser jornalista. E poder contar as boas histórias)
terça-feira, setembro 21, 2010
segunda-feira, setembro 13, 2010
Caro José,
Quero dizer-te que o teu discurso não me comove. As pessoas não têm de comover toda a gente, é certo. Bem sei que não comovo metade das pessoas que gostaria. Bem sei que não consigo que toda a gente me oiça com a vontade e com a atenção que acho que alguns assuntos merecem, e que não tenho super-poderes que façam alguém mudar de ideias só com a força dos meus argumentos. Depende muito dos dias, dos ambientes, dos feitios...mas sobretudo dos humores. E é difícil lidar com humores, muito mais do que com gostos, com opiniões, com ideais. Os humores diferentes do nosso são difíceis de gerir (quanto mais quando temos de os coordenar com os nossos). Por isso, digo-te José: compreendo que muitas vezes sorrias e tentes camuflar a indignação que te vai na alma e os olhares críticos dos outros com essa figura seca e sem brilho, a não ser o da tua pele. Mas olha, ouve-me: as pessoas gostam de gente firme...mas gostam, sobretudo, de gente. Real. Gente que sorri, que chora, que treme a voz quando fica nervosa, que levanta o olhar quando há algo no meio da multidão que lhe chama a atenção. Gente de carne e osso, sabes?
Pois.
Isso. Gente. E depois, as pessoas gostam de gente que sabe. Não falo do saber História, ou Geografia. Ou melhor, não falo só desse Saber. Falo de conheceres Lisboa, mas quereres conhecer Portalegre. Falo de gostares de visitar as grandes refinarias de Sines, como teres curiosidade em conhecer as descobertas de uma equipa de cientistas da Universidade do Minho. Falo de te empenhares em proporcionar a 250 mil alunos do Básico a possibilidade de terem um novo Magalhães, como de estares presente na inauguração de uma plataforma de internet artesanal criada por alunos do secundário de Piódão. Falo de números - pequenos e grandes. Que sendo pequenos e grandes, referem-se a pessoas. Falo também, dos teus números. Que são os teus quereres.
quarta-feira, setembro 01, 2010
terça-feira, agosto 31, 2010
Era um verbo
quinta-feira, julho 29, 2010
(dei com isto) aqui ao lado*
*Na Nossa Agenda
terça-feira, julho 20, 2010
segunda-feira, julho 19, 2010
domingo, julho 18, 2010
Do cabo que é verde
Giro nas horas
quarta-feira, junho 30, 2010
Cá, aqui
Have your fun and then come home at night,
I’m sure you’ll tell me something new,
Things you did and thing you do,
Yeah I can see the world through you.
terça-feira, junho 29, 2010
A tua praia
segunda-feira, junho 28, 2010
D de despedida
domingo, junho 27, 2010
Fera
Estava chateada, com cara de poucos amigos. Amuada que só. Insuportável. Discuti, praguejei baixinho, sempre a olhar as pessoas nos olhos com ar de quem tem toda a razão do mundo. Refilei por pensarem que sabem tudo da minha vida quando nem eu sei bem. Pensam que sabem tudo. Como eu. E tu, sem saíres do tom, chamaste-me fera. E deste-me uma festa na cabeça.
sexta-feira, junho 18, 2010
"Não é tanto o ser que me preocupa, mas o deixar de estar. É pensar que um dia estou. E que outro dia já não."
O pior que a morte tem é que antes estavas, e agora já não estás. Eu digo de outra maneira, aquilo que um dia a minha avó disse. "O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer". E...ela não tinha pena de morrer. Ela tinha pena de já não estar, no futuro, para continuar a ver esse mundo que ela achava bonito.
Nas chegadas
quinta-feira, junho 17, 2010
Ciência
domingo, junho 13, 2010
Ora, est'agora.
sábado, junho 12, 2010
Na noite das cores,
terça-feira, junho 01, 2010
Míscaro
domingo, maio 30, 2010
Muito provavelmente serão felizes para sempre
sexta-feira, maio 28, 2010
terça-feira, maio 25, 2010
toda a gente foi domingo (ao menos) uma vez.
quinta-feira, maio 20, 2010
Est'agora
quarta-feira, maio 19, 2010
Razões, ao ritmo do djambé
Como dizia o Cesariny
Uma verdade para qualquer estação
Falta-nos um motivo, um anseio
um desejo fortíssimo,
Um desígnio, uma visão
Falta-nos um punhal brilhantíssimo
Para liquidar esta vida de conformismo
De rotina sem ambição
E falta-nos uma espingarda
Para apontar ao manto da noite
E rasgar estrelas na escuridão
Falta-nos um visionário
Que traga o futuro nos olhos
E a cara pintada de carvão
E falta-nos um gato persa
Que seja tão sábio como os sábios
Quando sustém a respiração
Falta-nos um garfo de aço holandês
Com embutidos de mármore
Que diga poemas em alemão
Falta-nos um Kant, um Locke
Um Aristóteles, um Sócrates,
Um Newton, um Platão
Falta-nos acabar com os burocratas
Fundar uma não igreja
E pôr no altar a imaginação
E falta-nos uma pianista que toque
Bach, Mozart, Chopin
De forma perfeita com uma só mão
Falta-nos brilho, noite, lantejoulas
E uma inesperada mulher-palhaço
Que nos faça rir até à exaustão
E falta-nos um jardim humanológico
Repleto de corruptos e assassinos
Comidos dia a dia por um leão
Falta-nos um relógio que não nos dê ordens
Um barco que seja um jardim
E um zeppellin que só ande no chão
Falta-nos dedos para tocar o invisível
Todas as palavras ainda por dizer
E uma imensa coragem no coração
E falta-nos ter o peito muito aberto
A tudo o que seja talento, novidade,
Diferença, inovação
Falta-nos fazer o exercício diário
De andar de bicicleta num arame esticado
Entre dois prédios em construção
Falta-nos sobreviver sem telemóveis
Automóveis, sacos de plástico,
Ipods, twitter e sobretudo a televisão
Falta-nos fazer filhos aos magotes
Mas não para garantir a segurança social
nem os educadores do ministério da educação
Falta-nos esquecer todas as fronteiras
Instalar alarmes, os barcos da marinha
Sossegar o nosso medo da imigração
Falta-nos filosofar socraticamente
Sobre negros, amarelos, mulatos
E os benefícios da miscigenação
Falta-nos uma bússola, um sextante
Um astrolábio, a rosa dos ventos
para nos ajudar na navegação
Falta-nos uma mesa de pé de galo
Que se levante no ar e voe
Quando o debate se transforma em discussão
Falta-nos discursos de jazz no parlamento
De Coltrane, Milles Davis, Thelonius Monk
Em vez de Governo e oposição
E falta-nos fazer algo verdadeiramente original:
eleger um sonho para nos governar
Em vez de uma desilusão
Até lá, como dizia o Cesariny
Falta por aqui uma grande razão!
Nicolau Santos
segunda-feira, maio 17, 2010
O dia do ramo da espiga
quinta-feira, maio 06, 2010
Amor à primeira vista
Olha
domingo, maio 02, 2010
mã
sábado, abril 10, 2010
Pátria
Trailer Cinema "Pare, Escute, Olhe" from Pare, Escute, Olhe on Vimeo.
Do país que nos acolhe e que somos. Da mentalidade tacanha, da saudade tramada, do pessimismo latente, do medo de arriscar. Do querer mais parecer do que ser. Da vontade de ir ao cinema e ver com olhos meus as histórias que outros viram, contadas em movimento e em melodia. Por mais que elas sejam de outros, são nossas também.
terça-feira, abril 06, 2010
segunda-feira, abril 05, 2010
Páscoa
quinta-feira, março 25, 2010
Sei lá
segunda-feira, março 22, 2010
sábado, março 20, 2010
Floripa
sexta-feira, março 19, 2010
Father's eyes
quarta-feira, março 17, 2010
Início
quarta-feira, março 10, 2010
B5/Dona Lena
B4/Rómulo
sábado, março 06, 2010
B3/Dona Gioconda
B2/Seu António
B1/Seu Roland
terça-feira, março 02, 2010
Ano um
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Petite
domingo, fevereiro 14, 2010
Valentine's
Frio. Não, nem penses nisso. Isso nunca. Tens de esforçar-te mais do que isso. Não foi imediato, mas foi quase. Arrebatador, como o descrevem. Acabaste de ir e já te sinto a falta. é difícil estar aqui. Sustenho a respiração, não consigo evitar. É mais forte, mais rápido, mais imediato. Soube ser de outra maneira, sim. Admito. Mas agora não consigo. E não peço desculpa. Tem de ser assim. Inevitável. O amor pega em ti, deixa-te sem fôlego, aperta-te o estômago, não te deixa pensar, nem fugir dele. Quem me dera. Arrebatador.
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
Adelino
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
Do S. Valentim antecipado
terça-feira, janeiro 26, 2010
Paris
terça-feira, janeiro 19, 2010
Ao sétimo dia.
Há uma semana o meu pensamento estava aqui. O que eu dava para o escrever. E o que eu dava para nunca ter podido escrevê-lo.
Do dia seguinte
quinta-feira, janeiro 14, 2010
Do dia
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Do dia de véspera
terça-feira, janeiro 12, 2010
hey babe, take a walk on the wild side. let's take a walk on the wild side.
Don't be shy. come with me. let's take a walk.
80 tentativa #3
Escrevo-te todos os dias um pouco aqui, quando não te escreves tu em mim. Sei que herdei de ti tanto do que sou e aprendi outro tanto de ti também. Que, de tudo o que sou e de todo o resto que julgo ser, nem sei o que de ti veio e o que vinha comigo de origem.
Queria primeiro agradecer-te tudo aquilo que nos dás, todos os dias. Vai ser sempre bom lembrar-me de ti, porque de ti não ficam senão as palavras doces e preocupadas, os telefonemas em contínuo, e as surpresas. Escreves em poesia, falas em prosa, sentes tudo de uma maneira especial. E consegues demonstrar todos os dias que, por mais que a vida teime em mostrar o quanto pode ser azeda e madrasta, há sempre o açucar que pode encarregar-se de adoçar os dias mais amargos. Mexe os cozinhados com empenho e amor, como sempre tens feito. Aposto que guardaremos sempre connosco o teu dedo para a culinária, mesmo que mais 80 anos passem.